Hoje, as redes WiFi estão presentes em todos os momentos das nossas vidas. Quase todos os tipos de empresas devem contar com uma, seja para uso interno, seja para oferta de acesso à web aos clientes.
Além disso, com as mudanças em nosso consumo de mídias, investir em uma boa infraestrutura passou a fazer toda a diferença.
Streamings de vídeo e áudio, por exemplo, demandam bandas maiores para que funcionem corretamente, e há dezenas de variáveis que podem prejudicar o desempenho de uma rede WiFi ou até mesmo reduzir a segurança dela.
Neste artigo, vamos mostrar para você que é possível ter redes WiFi seguras, escaláveis e monitoradasdentro da sua organização com algumas medidas simples.
Continue a leitura para entender como!
Por que redes wireless são menos seguras?
Redes sem fio não oferecem controles físicos ao acesso. Mediante login e senha, qualquer dispositivo pode se conectar à web pelo seu WiFi, o que faz com que ele seja mais vulnerável do que uma conexão tradicional, cabeada.
Para contornar o problema, incluir no ponto de acesso diversos métodos de autenticação de classe empresarial que sejam capazes de identificar os usuários e equipamentos conectados à rede — e monitorar suas atividades — é a única solução.
Quais são as medidas de segurança indicadas para redes WiFi?
Algumas medidas de segurança são essenciais em todas as redes WiFi, como a definição de uma senha de acesso, a implementação de uma rede privada virtual e a proteção do identificador de rede, para que ela não seja facilmente encontrada por pessoal não autorizado.
A seguir, mostramos para você as principais medidas de proteção, como funcionam e por que são indicadas.
Aposte em criptografia WPA2
O WPA2 é uma forma de criptografia que atua como a principal defesa contra intrusão. Sem a senha apropriada, um hacker é confrontado com um trabalho de decodificação difícil.
Invista em Cloud WiFi Access Points
Redes que são frequentemente acessadas por convidados precisam de proteção adicional para não se tornarem vulneráveis.
Recursos como o Cloud WiFi Access Points, que permite gerenciar os pontos de acesso ao WiFi diretamente da nuvem, simplificam a gestão de segurança da internet corporativa.
Considere implementar essa tecnologia no seu negócio para conseguir oferecer alto desempenho aos convidados, protegendo os acessos feitos por eles.
Use rede privada virtual (VPN) para obter mais segurança
Uma virtual private network, ou VPN, dá mais segurança à conexão de internet de um computador, garantindo que todos os dados que ele envia e recebe estão criptografados e protegidos de observadores externos.
Ela funciona como uma camada adicional de proteção para as redes wireless das empresas e faz com que seja mais difícil para terceiros monitorar as atividades dos seus colaboradores na internet.
Proteja o seu SSID
O SSID (identificador de conjunto de serviços) é, essencialmente, o nome do seu ponto de acesso sem fio (WAP) ou estação de base.
Mude o seu SSID imediatamente quando instalar a sua estação de base sem fio ou ponto de acesso, certificando-se de que configurou o sistema para que o SSID não seja transmitido para o mundo exterior.
Dessa maneira, será mais difícil invadir as suas redes, porque elas não estarão visíveis para todos, podendo ser encontradas apenas por aqueles que conhecem o SSID.
Sempre execute as atualizações indicadas pelo sistema
Tanto as atualizações de firmware do roteador corporativo quanto as nativas ao Windows, Mac ou Linux devem ser executadas assim que o usuário for notificado de sua existência.
Essa política de segurança simples garante que nenhum hacker poderá se valer de uma vulnerabilidade já divulgada para entrar nas redes ou acessar os arquivos da empresa e protegerá também usuários individuais.
Como a tecnologia influencia na escalabilidade das redes?
O padrão utilizado pelos roteadores da sua empresa tem papel significativo na qualidade das conexões. Por isso, falaremos um pouco melhor sobre o que os números que vê na descrição de equipamentos WiFi significam para que você consiga fazer a melhor escolha para a realidade do seu negócio.
Vamos começar com aquelas que eram, até pouco tempo atrás, as três variações da tecnologia WiFi: 802.11a, 802.11b, 802.11g.
O mais comum, o menos dispendioso e o primeiro a se espalhar foi o 802.11b, que fornece taxas de transferência de dados de 11 Mbps e uma faixa de distância típica de aproximadamente 300 pés. Ele funciona com a frequência de rádio 2,4 GHz.
Já o 802.11a foi desenvolvido para fornecer comunicações de maior velocidade, até 54 Mbps. Infelizmente, ele oferece menos alcance para entregar essa velocidade, sendo mais indicado para espaços menores.
Hoje, o 802.11g de certa forma é a melhor opção, pois equilibra esses dois aspectos da conectividade. Ele entrega a alta velocidade de 54 Mbps e um alcance de distância mais próximo do 802.11b.
Como o 802.11g é realmente uma extensão do seu primo 802.11b, ele opera com a mesma frequência, 2,4 GHz. Outros dois padrões estão disponíveis para as redes WiFi, e, nos tópicos a seguir, você os conhece melhor.
Padrão 802.11n
Como padrão sem fio proposto para altas taxas de tráfego, o 802.11n surgiu como uma tecnologia de consumo.
No entanto, ele também conta com aplicativos-chave aplicáveis às empresas e foi amplamente esperada uma nova geração de implantações.
Alguns dos recursos importantes foram incluídos no 802.11n, como múltiplos resultados de entrada múltipla (Multiple Input Multiple Output, MIMO), ligação de canais e agregação de quadros.
O MIMO é a capacidade de transmitir simultaneamente dois ou mais fluxos de rádio únicos, fornecendo duas ou mais vezes a taxa de dados por canal.
Padrão 802.11ac
O 802.11ac foi uma melhoria evolutiva para o 802.11n. Um dos objetivos do 802.11ac era fornecer níveis mais altos de desempenho compatíveis com a rede Gigabit Ethernet.
Em outras palavras, traria uma experiência de transferência de dados em tempo real, oferecendo alta qualidade e entregando rede com velocidades e latências de classe corporativa.
Por causa disso, ela suportaria a tendência do Bring Your Own Device, dando acesso a diversos dispositivos 802.11 para que eles consumam recursos de rede simultaneamente sem problemas. Essa conexão também suporta a transmissão de vídeo.
O 802.11ac é sobre entregar uma experiência excepcional, mesmo sob cargas exigentes.
Esse padrão tem a seu favor a evolução tecnológica, com a largura de banda podendo ser mais ampla, e as aplicações podendo integrar mais funcionalidades, trazendo maior robustez à infraestrutura de WiFi.
Qual a infraestrutura necessária para obter WiFi seguro?
Planejar a infraestrutura de WiFi da empresa vai garantir que o acesso às redes seja feito de forma segura e com escalabilidade garantida. Na maioria das empresas, porém, não é isso que vemos em prática.
Boa parte delas já tinha acesso à internet antes do advento das tecnologias wireless e apenas se adaptou à nova realidade, oferecendo uma opção adicional de acesso, e não uma infraestrutura que prioriza a conectividade sem fio.
Com isso, muitos problemas acontecem, como a frequente desconexão, a sobrecarga das redes — que resulta em velocidades mais baixas do que o esperado e em problemas de sinal — e vulnerabilidades de segurança.
Todavia, planejar uma infraestrutura de WiFi adequada não precisa ser um bicho de sete cabeças. Atente para os pontos abaixo para garantir que toda a sua equipe terá navegabilidade garantida pelas redes corporativas.
Avalie bem a demanda corporativa
Para contornar os problemas de conectividade mais comuns, será preciso reestruturar o WiFi da empresa, levando em consideração a quantidade de acessos e as necessidades da equipe.
O primeiro passo para garantir a cibersegurança e escalabilidade das novas redes é um estudo sobre como elas serão utilizadas. Faça as seguintes perguntas a si mesmo:
- Como é feito o uso do WiFi corporativo? Que ferramentas, websites e softwares são críticos e quais são as velocidades de conexão mínimas para acessá-los de maneira adequada?
- Qual é a área de cobertura do WiFi? Quantos metros quadrados são atendidos pela rede e quantas conexões são feitas dentro da empresa?
- Quais são as condições ambientais? Há paredes separando os roteadores e as pessoas que precisam estar conectadas à internet? Há outros dispositivos que podem interferir no sinal da rede WiFi?
- Quantos dispositivos estão em uso? Os colaboradores podem trazer seus próprios equipamentos, como computadores, celulares e tablets? Eles têm acesso à rede corporativa, ou só podem fazer login com dispositivos autorizados?
As respostas para essas perguntas são fundamentais para determinar quais são as tecnologias e ferramentas adequadas para criar uma infraestrutura de WiFi compatível com as necessidades do negócio.
Determine os locais da instalação
Para obter um bom sinal de WiFi, você deve entender que, quanto mais centralizados são os roteadores, melhor é a qualidade de sinal.
A área de cobertura esperada, a rede e a força do sinal emitido pelos equipamentos devem ser conhecidos para se fazer um mapeamento de rede adequado e entender como o cabeamento e a distribuição de sinal serão feitos e que equipamentos oferecerão melhor acessibilidade.
Invista em uma política de segurança clara
É a política de segurança da empresa que vai determinar o quão protegido o WiFi dela está.
Por isso, determine regras para que os usuários definam as próprias senhas e as atualizem periodicamente, certifique-se de que eles não compartilham o acesso a aplicativos em uma única conta e os instrua a respeito dos perigos de conectar dispositivos não seguros nas redes.
Um simples pen drive infectado pode causar problemas de longo prazo para a empresa se for plugado em um computador conectado ao WiFi corporativo.
Programe manutenções de infraestrutura
Por fim, você não pode esquecer que, assim como acontece com outras tecnologias, redes precisam ser mantidas para que funcionem bem.
Faça tanto manutenções preventivas — em um intervalo predeterminado —, a fim de garantir a durabilidade dos equipamentos adquiridos, quanto corretivas, sempre que notar reduções nas velocidades de acesso e problemas com máquinas em particular.
Invista em monitoramento para entender o quão satisfatório é o acesso à internet dentro da empresa e se o responsável pelos problemas não é o mau uso.
Esse monitoramento vai ajudar você a entender, por exemplo, quais departamentos precisam de mais largura de banda ou quais estão acessando ferramentas que não são necessárias para o funcionamento do negócio — como o download de arquivos de mídia como vídeos e áudios — e prejudicando o acesso para os demais.
Ter segurança e escalabilidade no WiFi corporativo não é impossível e está ao alcance da sua empresa, desde que ela institua algumas medidas simples como as mencionadas aqui. O acesso wireless se tornou fundamental para a maioria dos negócios, e medidas protetivas vão ajudar você a usar esse recurso de maneira eficiente.
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