Os dados são recursos muito valiosos porque proporcionam grandes oportunidades para as empresas de todos os ramos. Porém, exigem uma série de cuidados para que não exponham os empreendimentos a riscos desnecessários. No ambiente virtual, são comuns os ataques de hackers, por isso governo publicou a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Neste post, vamos falar sobre os danos que o vazamento de dados provoca nas organizações e explicar o que é a LGPD, destacando como é aplicada no Brasil. Descubra aqui como as novas regras contribuem para a segurança das informações dos usuários e conheça exemplos de empresas que tiveram dados vazados, bem como as consequências desses incidentes.
O que é a LGPD?
A Lei nº 13.709/2018 ficou conhecida como LGPD e regula as atividades que envolvem o tratamento de dados pessoais e interferem na privacidade dos cidadãos brasileiros. Essa legislação foi criada com base no Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GPDR) da União Europeia e com fundamento em diversos pilares:
- direitos humanos;
- defesa do consumidor;
- dignidade e liberdade das pessoas;
- inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem;
- liberdade de expressão, de comunicação, de informação e de opinião.
Com a LGPD foram estabelecidas as condições para que os dados pessoais sejam tratados. Ela definiu diversos direitos para os proprietários das informações, os quais geram obrigações para as empresas que as coletam e armazenam. Inúmeros procedimentos de cibersegurança foram impostos para regrar a retenção e o compartilhamento de dados.
Como é aplicada no Brasil?
No Brasil ocorrem violações de dados com bastante frequência e, para piorar, as empresas enfrentam dificuldades para identificar e conter a invasão dos seus sistemas. No Artigo 52 da LGPD estão registradas as penalidades aplicáveis aos empreendimentos que não seguirem as novas regras. Observe as principais:
- advertência com prazo para a tomada de medidas corretivas;
- multa de até 2% sobre o faturamento limitada até o valor de R$ 50 Milhões por infração;
- multa diária;
- divulgação da infração;
- eliminação dos dados pessoais relativos à infração;
- proibição parcial ou total do exercício de atividades de tratamento de dados.
Para minimizar as possibilidades de sofrer essas sanções, as instituições devem investir em sistemas seguros e colher a assinatura do proprietário dos dados, dando consentimento de uso das informações para determinados fins. Existem tecnologias que facilitam a privacidade e permitem o controle de acessos por meio de autorizações e permissões.
Quais empresas tiveram os dados vazados?
As ameaças digitais são constantes e a insegurança é crescente diante de tantos acontecimentos envolvendo grandes empresas. Esse cenário se agrava diante da falta de implantação de cibersegurança em nosso país. Veja a seguir algumas empresas que tiveram os dados vazados e as penalidades que elas sofreram:
- Yahoo perdeu R$ 6,20 Bilhões no valor da sua marca e pagou R$ 207 Milhões aos usuários em 2018;
- Equifax fez acordo para pagar R$ 2,6 bilhões aos clientes em 2017;
- Uber foi multada em R$ 600 Milhões pela violação de dados de passageiros em 2016;
- Facebook recebeu a multa na quantia aproximada de R$ 3 Milhões em 2018 devido ao escândalo da Cambridge Analytica;
- Google + deixou de existir em 2019 pela vulnerabilidade em seus sistemas durante os anos de 2015 a 2018.
As informações dos usuários foram expostas e os seus direitos foram violados, fazendo com que as empresas responsáveis a enfrentassem desafios e o pagamento de sanções pecuniárias. Os consumidores não sabem se isso ocorreu por descuido ou falha técnica, mas os fatos produzem desconfiança, prejudicando a imagem e a credibilidade desses empreendimentos.
Quais as consequências do vazamento dos dados?
Os vazamentos causam diversos eventos negativos para os negócios, tais como a demissão de profissionais envolvidos, prejuízos financeiros diretos e indiretos por danos à reputação e ainda a responsabilização judicial. As ocorrências são levadas ao conhecimento das autoridades públicas, que investigam e dão início a processos para o ressarcimento dos danos.
Sabendo como o vazamento de dados pode ser prejudicial, busque alternativas para investir e eliminar possíveis falhas, promovendo a segurança necessária para a alavancagem dos negócios. Com isso, os prejuízos serão evitados e não haverá chances de enfrentar problemas com o Poder Judiciário.
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